Vesta


Vesta é uma deusa romana que personifica o fogo sagrado, a pira doméstica e a cidade. Corresponde à Héstia dos gregos, embora o seu culto na península Itálica seja anterior à influência helénica no mundo romano, e, até certo ponto, à Agni dos hindus.

Era muito comum utilizar a sua imagem nas moradas dos jovens que iam adquirir conhecimento longe da sua terra natal. Cortejada pelos deuses, e especialmente pelo belo Apolo e por Neptuno, Vesta rejeitou todas as propostas amorosas e conseguiu que o próprio Júpiter protegesse a sua virgindade.

Vesta numa moeda, ca. 253 d.C.

Devido à sua vontade de permanecer casta, as suas sacerdotisas, as vestais, que vigiavam em permanência o fogo sagrado nos templos, também se mantinham assim. De onde saiu a expressão virgem vestal.

Vesta era a filha primogénita de Cibele e Saturno, a irmã mais velha da primeira geração de deuses olímpicos, e a solteira da segunda. Por direito de primogenitura, era uma das doze deusas olímpicas principais.

Foi engolida por Saturno e, posteriormente, resgatada por Júpiter. Representada trajando um longo vestido, muitas vezes com a própria cabeça coberta por um véu, ela é a deusa que nunca abandona o lar, o Olimpo, e jamais se envolve nas discussões e guerras dos deuses ou mortais. Ajudou-o a tornar-se dono do universo. Desprezou o amor tanto de Neptuno como de Apolo (Febo), resolvendo permanecer solteira. Como deusa de coração quente, ela representava a divindade do lar e defendia a vida da família. Era adorada antes dos outros deuses em todas as festas, uma vez que era a mais antiga e preciosa das deusas do Olimpo. Um juramento feito em seu nome era o mais sagrado dos juramentos. Segundo Heródoto era uma das divindades cujo nome não se originou no Egito ou no Oriente próximo. O animal mais sagrado à deusa é o burro.


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