Nénia
Nénia (em latim: Nenia Dea, lit. "Deusa Nê(é)nia", por vezes Naenia) foi a deusa do lamento fúnebre romano, que tinha um santuário no lado de fora da Porta Viminal.
O termo nénia (nenia) ocasionalmente era utilizado para se referir à carmen funebre ("canção fúnebre") entoada nos ritos funerários, e Marco Terêncio Varrão considerava a deusa Nénia como uma personificação do poder de proteção do lamento fúnebre. Era, portanto, uma deusa também associada com o fim da vida de uma pessoa. Varrão lhe designava uma posição polar, no que dizia respeito ao deus Jano, provavelmente inspirado por uma das antigas etimologias romanas da palavra nenia, definindo-a como nenia finis ("fim", ou, figurativamente, "final").
Arnóbio descrevia os moribundos como estando sob os cuidados de Nénia. Embora os textos de Arnóbio tenham sido influenciados principalmente por Cornélio Labeão, a identificação de Nénia como deusa da transitoriedade humana também sugerem uma origem 'varroniana'. Não está claro se Tertuliano se referiu à deusa Nénia quando escreveu sobre a "própria deusa da morte". Não se sabe se o culto à própria Nénia fazia parte dos últimos ritos; o poeta Lúcio Afrânio, no entanto, claramente associa o termo nenia (ou seja, o canto fúnebre) com as obséquias.
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