Mater Matuta


Mater Matuta foi uma deusa latina indígena, que os romanos posteriormente tornaram equivalente à deusa da alvorada Aurora, e a deusa grega Eos. O seu culto é atestado em vários lugares no Lácio, sendo o mais famoso templo localizado em Sátrico. Em Roma ela tinha um templo no lado norte do Fórum Boário, supostamente construído por Sérvio Túlio, destruído em 506 a.C., e reconstruído por Marco Fúrio Camilo em 396 a.C., e era também associada aos ancoradouros e portos marítimos, onde havia outros templos.

A tradição romana identificava-a com Ino-Leucoteia, que teria chegado a Roma após a sua tentativa de suicídio, sendo levada, com Melicertes, até á foz do rio Tibre por Panopeia e as suas cem irmãs, ao reino dos árcades, cujo rei era Evandro. Quando a deusa chegou à região de Roma encontrou-se com Bacantes que celebravam os ritos dionisíacos no bosque de Estímula. Estas, instigadas por Juno, tentam atacá-la, mas graças à pronta intervenção de Hércules a deusa liberta-se da ameaça. Hércules coloca-a então à confiança de Carmenta, que lhe comunica que será alvo de culto em Roma junto com o seu filho, com os nomes de Matuta e Portuno.

Em Roma, o seu festival era a Matrália, celebrado a 11 de junho no seu templo no Fórum Boário. O festival era apenas para mulheres solteiras ou mulheres no seu primeiro casamento, que ofereciam preces para suas sobrinhas e sobrinhos e então conduziam um escravo para fora do templo.

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