Juno Sóspita


Juno Sóspita foi um dos aspetos da deusa Juno na mitologia latina. O seu apelido Sóspita significa salvadora, propiciadora, preservadora. A sua representação mais conhecida é uma estátua monumental que hoje integra o acervo dos Museus Vaticanos.

Originalmente a Juno Sóspita era a deusa tutelar da cidade de Lanúvio, onde lhe ergueram um importante templo. É atestada em inscrições e estatuetas desde meados do século VI a.C., encontradas em várias cidades do Lácio, indicando já nesta época ter-se tornado uma invocação popular numa larga região. No Lácio foi a principal invocação de Juno. Era representada envolta de pele de bode, com botas e ostentando uma lança e um escudo, referindo-se aos seus atributos principalmente militares e políticos, como a responsável pela defesa e prosperidade da cidade. Muitas vezes era chamada de Regina (rainha), também aludindo a uma função política. Outro epíteto associado era Mater (mãe), mas é desconhecido o seu significado. Pode ter sido um título meramente honorário, ou uma reminiscência de uma possível origem como uma deidade agrária ou da fertilidade. Na iconografia é muitas vezes associada a uma menina ou a uma serpente, animal que lhe era consagrado.

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